quinta-feira, 26 de março de 2015

Crônica: Colégio São Vicente



Terá sido raro o iratiense que nunca pisou em algum tempo de sua vida, no chão que rodeia esta monumental catedral do conhecimento.
Não importa em que fase ele venha aos nossos olhos, posto que a emoção se repete como na primeira vez, e não é só a arquitetura, mas o que emana da sua imagem, o que nos causa este hiato na alma e na voz, demonstrando todo nosso carinho e respeito.
Ah! Se pudéssemos reviver novamente cada dia que passamos, sob seu abraço, é como um carinho de mãe que sentimos mais acentuados seus efeitos quando estamos longe...
Como esquecer as figuras contemporâneas que povoavam nossas manhãs e tardes nos corredores e pátio do São Vicente, era sim, a nossa cachaça, sentíamos falta dele e dos amigos sempre, eram longos e intermináveis os fins de semana quando ele repousava majestoso e em silencio na histórica colina sem a nossa presença, e contávamos os dias
nas férias para reencontrá-lo e aos amigos.
Ao olhar o infinito das lembranças muitas vezes inconscientemente,as brisas das manhãs nos trazem o odor suave de eucalipto, entremeado a algazarra que transformava
tudo num turbilhão nervoso, a saída, entrada e recreio dos turnos.
Por certo poucos lugares enriqueceram mais a personalidade e o caráter dos cidadãos, proporcionando índoles de ótima formação, conhecimento elogiável, e amizades sinceras, como esta instituição que há tanto tempo, há tantas gerações, ensina, educa e forma cidadãos.
Tive a sorte de vê-lo por toda minha vida, cresci nos caminhos que levam a ele, juntei a minha, às vozes que ecoaram em suas altas paredes, e lamentei com o mesmo amor os momentos que ali não pude estar...
As festas Juninas, o Cavalo de Ginástica, a piscina redonda, o carreiro de eucaliptos que cruzavam todo o terreno do Colégio, o barracão de artes industriais, os atalhos com quebra corpo tanto em direção a matriz como para o Alto da Glória, detalhes da geografia do São Vicente que nos vem a mente cada vez que dele lembramos.


Edilson Souza

 

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