quinta-feira, 3 de maio de 2012

Poeta...


Rebento do preto e branco,
que o incólume céu poeta levou...
Sem despir-te do doce do vale do mel,
foste uma lira ao vento
vararam tuas mãos com letras
tocadas por mil lembranças desbravadas.
Buscadas, guardadas, expostas
à alma pra esverdear o caminho
ou pincelar dourado às veredas de Irati...
Ter no silêncio a trajetória,
delineando a glória na própria alma,
para alimentar-se, sem dar-se a notar...
Que gigante é, iratiense sempre será...
Quantas lembraria ele,
quem um poeta exalta e lembra?
Quem dera as flores fossem as mesmas,
o fervilhar místico do cantar também...
Gerações nos separam...E agora
a eternidade é a estrofe que faltava
a tua poesia, mas é cedo para este
sem estar diante de ti, entoar...
O desterro do chão natal...
São outonos perdidos no caminho,
amores deixados às estrelas,
uma saudade ao ver tantas primaveras,
pousarem sobre outras poesias...
Entôo então a ti minhas letras, poeta,
ramo da tua, que me é permitido
assim pensar, porque sou o que
é meu coração, e eras tu ao legar-nos
a ti,  para nós e para a nossa querida Irati!


Malgaxe

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