É um passeio pelas imagens e odores de um tempo,
vozes entrelaçadas a risos, sonhos nos verões
quentes de Irati...
Uma saudade com gosto de pepino azedo, de cerveja
de casa, do perfume indescritível de cuque
no forno de barro, da inocência da amizade, da gratidão
a Deus, por viver aqueles momentos...
É bom ter estas passagens para lembrar, pois
a alma pulsa em preto e branco e vê-se menina
entre a gente vestida da simplicidade, mesmo
participando da festa de um rei, e divide a alegria
humilde de oferecer a fé, para de quem recebeu
a vida um dia...
Os natais são marcos tão nítidos em nossas vidas,
que não é possível somente sorrir ao lembrá-los,
é uma enciclopédia ilustrada, reservando as vezes
um aperto no peito de grande saudade, e as vezes
o riso rasgado das grandes alegrias...
Ah! Como cada um gostaria de revivê-los, reunir
novamente todos que nos são caros, apagar as
lágrimas das partidas, renascer também sob as luzes de
natal, igual ao cristo para abraçar cada amigo que por nossa vida
passou, sentir cada gosto, cada cheiro, dividir cada segundo daqueles bons tempos, para novamente ter a oportunidade de reviver o que pela eternidade será inesquecível...
Ah, iratienses!!! Polacos, ucranianos, mestiços, todos,
somos todos um pouquinho da Pérola do Sul, vivendo cada um a
seu tempo, lembrando cada um os seus dias, somos estas lembranças
entalhadas na alma iratiense, nossos natais são mais que um lembrar, é uma identidade que ao infinito das eras pertence e sempre com lágrimas ou sorrisos traremos para compor nossas mais caras e inesquecíveis lembranças...
Edílson Souza
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