quarta-feira, 28 de março de 2012

...Do sul

Faces são espelhos
dos anos... A de pedra, a de céu,
a de bochechas vermelhas...
Elas estão aí a espera de
outro olhar,receptivo,
desvalido, de descaso,
no ocaso tristonho,
ou em algum sem sonho, 
em suas fachadas baixas,
onde se encaixa algum divagar...
A geografia repete-se
disforme, nas lentes azuis,
eslavas... Pêssankas,
Arco-iris, num bojo verde
de velas azuis escuras a
nau Irati, revolve covais,
pinheirais, jograis...
Segue redesenhando os rumos,
apaga uns lambrequins aqui,
alguns sorrisos alí, baixa
uma cortina, descortina outra,
o riso da Ervira, foi louca e pouca
mas fez muita gente rir...
Embandeirada de palmeira,
a face da São Miguel,
foi dos idílios, ao adeus,
mirante que expraiou o olhar
no colorido casario, olhos que o tempo
descoloriu, vêem a luz da noite se alongar... 
As faces são espelhos
dos anos...Embaixo de todos
os aniversários o diário:
De como foi, de como era,
de como é, de como está,
empilhados como eras, o congelo
do inacessivel, em preto e branco,
numa flãmula esportiva, numa flor
ressecada nas páginas de um livro...
Não haverá dísticos, portais, bronzes...
Não haverão pórticos, epitáfios e arabescos...
Tuas faces guardarão teu olhar...

Malgaxe

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