quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Irati - Pequenas histórias l



A cada lembrança, remontados ficam os momentos fragmentados em nosso pensamento, não há datas a citar, apenas vislumbres de épocas passadas da infância e adolescência.
Por exemplo, lembro da recém inaugurada rodoviária, quando se faziam treinamentos de kart em suas vias, onde em nossos carrinhos de rolimã, imitávamos os karts, rua Dona Noca abaixo, do Grupo Francisco V. de Araújo até a Rodoviária, eram tempos de poucos carros e aos sábados a tarde tinha espaço para nossas aventuras automobilísticas, entre a passagem de um carro e outro.
Uma coisa ficou gravada, a presença da PM com seus capacetes brancos, a impedir, kartistas e nós de usar aquelas vias, eles sempre tinham que esta com a razão por motivos óbvios.
Um olhar daquele ponto para o alto da glória, víamos as imponentes palmeiras em frente ao bar do Stein, o casario de madeira, e o marrom da terra das ruas, pela rua Alexandre Pavelski, no seu prolongamento, que afinava lá em cima existia ou existe um laranjal, tão famoso entre os moradores, como os capões, que pontilhavam plantações de milho e batata.
Quantas vezes o Seo Raul Medeiros de Lima, Gerente do Dalegrave Moreira, nos forneceu as rodas para os carrinhos que construíamos para a aventura de cruzar 3 quadras, ladeira abaixo, e parar, geralmente no cruzamento da Duque de Caxias com Alexandre Pavelski, não raro havia um esfolado ou quebrado ao final destas aventuras.
Como se ainda estivéssemos na Rodoviária, e olhássemos para a esquerda do bairro, o batatal acompanhou toda a nossa infância, por muitos anos foi cultivado, com milho e batata, e nos seus últimos anos, ficou entregue a capoeira, até ser loteado, o que marcou pra mim no batatal, foi um pé de ipê roxo, na metade baixa do terreno, onde muitos iam buscar casca para fazer remédio, e anos mais tarde foi derrubado para dar lugar a ruas e casas.
Em cada direção que se olha em Irati, flui a história senão aprofundada, com memória familiar a muitos dos iratienses.
Muitos relembrarão dos domingos na esquina preferida do Alto da Glória, a Alexandre Pavelski com João Maria Anciutti, não sei, se estes são ainda os nomes das ruas, mas os que viveram estes momentos descritos lembrarão.
Ao hipoteticamente pisar o solo iratiense nas proximidades da rodoviária, lembrei que ali era o antigo bairro Menemar, mas um outro texto contará sobre ele.

Malgaxe

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