quinta-feira, 26 de março de 2015

Resposta à Maria Helena Kuzycz Assunção





Maria Helena Kuzycz Assunção, teu pensamento muito apropriado para o momento que se vive em Irati, é próprio do desgosto da luta inglória, mas não daquela luta política desgastante de quem tem o dom para aquilo e sim, da perseverança perdida pelo cidadão comum por falta de ajuda das autoridades para manter o que nos era caro. Isto dói, não só a você minha amiga, mas a todo aquele que ama Irati. E neste contexto lamentamos a extinção da nossa própria história, simbolizada na arquitetura degradada de prédios, meio ambiente, de ruas e calçadas judiadas pelo abandono, e como dizes, no esfriamento consciente das relações humanas, famosas em toda parte que se vai. Quem nunca ouviu nos rincões de todo estado do Paraná, sobre o caloroso cumprimento, da gente de Irati, que nem sequer te conhecendo, te acena a mão onde quer que te vejam, neste carinho polaco, ucraniano, e nesta miscigenação que tornou física a afeição gratuita pelo seu semelhante? Quisera Deus pudéssemos admirar o atual como a redenção de nossa terra, mas não, compõem de tristeza nossa visão, definha na desesperança nossos dias diante de tanto descaso, desviamos, de calçadas mal cuidadas, poças d`água, o click de nossas retinas, já não memorizam mais as antigas belezas e sim o pigmento surrado e mal cuidado das coisas esquecidas, como nos jazigos do abandonados. Estamos tristes, mas isto não pode ser paradoxo no nosso amor, esta é uma dúvida que jamais poderemos ter, hão de passar tais momentos, hão de outras manhãs surgirem no futuro dos nossos filhos, iluminando novos dias, não percamos a fé minha amiga, pois só para a morte não há resgate, Irati é de todos nós, e sempre será! As únicas neblinas que devem turvar nossos dias são as das manhãs maravilhosas da nossa Pérola do Sul!

Edilson Souza

Nenhum comentário:

Postar um comentário