quarta-feira, 25 de março de 2015

Rua Cel. Pires/Rua Alfredo Bufren



A Alfredo Bufren

Nem sempre a Rua Alfredo Bufren teve este desenho, pois ela começava numa ruazinha que descia da Rua 24 de maio, hoje chamada Sebastião Mendes, e depois vinha em direção ao centro cercada de matas, ela não subia até a Mal. Deodoro, como hoje, beirando a mata.
Certamente todos os iratienses que freqüentaram a Matriz Nossa Senhora da Luz, um dia estiveram embaixo dos pés de uva Japão,saboreando o adocicado fruto, ou dos pequenos caquizinhos vermelhos e enjoativos de tão doces, era uma peculiaridade do trecho entre as Ruas Sebastião Mendes e Frei Orlando(as das atuais), aliás a rua Frei Orlando é uma quadra só e fazia parte da via que ia dar no portal da Matriz, uma das mais belas ruas de Irati em seu piso de pedras,e que hoje da lugar a uma praça.
Além das frutas nesta quadra, existia a Café do Paraná, para mim, uma representação do governo do estado para fomento à agricultura do café, certamente tem uma definição mais exata, mas que não consta em pesquisa na web.
Mais adiante encontrávamos os escritórios da Indústria do Emilio B Gomes e Filhos, do outro lado da rua uma bela residência que muitos a sua propriedade a família Gomes?
Na confluência com a XV de Julho, o Luz Hotel, mais adiante, o Centro Espírita Jesus e Maria, tradicional local religioso, mais acima a famosa Mercearia do Zico, e lá na esquina com a Coronel Grácia o Bar do Maluf, dos sorvetes, dos aperitivos, da musica ao vivo para a diversão de quem visitava este estabelecimento nos anos 70 e anteriores.
Segue a Alfredo Bufren até o encontro com a Dr. Correia, ladeada de belas e antigas residências, marcando o passado de Irati.


A Coronel Pires

Esta é uma das mais longas vias de Irati, começa na PR 153 e termina na Vicente Machado, ou seria o inverso já que somente há poucos anos, abriu-se de fato uma saída para a PR 153, mas enfim, ela é uma via em que nos vemos em contato com o verde ainda, no começo mais longe do contato físico, mas nos fundos do São Vicente, podemos ter este contato totalmente.
É um local preservado, com pássaros, córrego e uma vegetação nativa.
Mais adiante a Matriz, bela e altiva, e que todos têm historias para contar e viver sobre estas torres, quais mãos postas em direção aos céus...
As barraquinhas, as músicas no alto falante, as prendas para o leilão (pede-se uma prenda para o leilão) este slogan era tradicional e necessário, o churrasco em espeto de madeira, as primeiras comunhão, os casamentos,  as procissões de São Cristóvão quantas passagens tem a bela e antiga Matriz, e mais abaixo o orfanato, que nos fazia morrer de medo, devido as ameaças da mãe de colocar-nos lá s fizéssemos traquinices, rsrsrs
A Fabrica dos Gomes, e seu apito característico, aliás conhecíamos o apito de cada Fábrica, horários e apitos de incêndio, e pelo menos 2 vezes eu ouvi este alarme vindo da Fábrica dos Gomes...
Mais adiante, resquícios da LIDA, e depois na esquina a figura sinistra da Delegacia de Policia e segue a subida íngreme até a esquina no Laboratório Sékula, depois o Duque na esquina, com sua imponente lembrança, na esquina a Saúde Pública, depois a antiga Oficina São Cristóvão, se não me falha a memória dos Franczak, a Igreja Luterana?, depois somente casas, algumas que marcam pela sua antiguidade, até o encontro desta com a
Vicente Machado.
Cada rua conta sua própria história, narrada evidentemente com dados precisos por quem nela morou, me proponho a citar algo que tenho conhecimento sobre elas, para então estimular estas lembranças, para que possamos compartilhá-las agora, e repassá-las com mais fidelidade no futuro.

Edilson Souza

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