A Alfredo Bufren
Nem
sempre a Rua Alfredo Bufren teve este desenho, pois ela começava numa ruazinha que
descia da Rua 24 de maio, hoje chamada Sebastião Mendes, e depois vinha em
direção ao centro cercada de matas, ela não subia até a Mal. Deodoro, como hoje,
beirando a mata.
Certamente
todos os iratienses que freqüentaram a Matriz Nossa Senhora da Luz, um dia estiveram
embaixo dos pés de uva Japão,saboreando o adocicado fruto, ou dos pequenos
caquizinhos vermelhos e enjoativos de tão doces, era uma peculiaridade do
trecho entre as Ruas Sebastião Mendes e Frei Orlando(as das atuais), aliás a
rua Frei Orlando é uma quadra só e fazia parte da via que ia dar no portal da
Matriz, uma das mais belas ruas de Irati em seu piso de pedras,e que hoje da
lugar a uma praça.
Além
das frutas nesta quadra, existia a Café do Paraná, para mim, uma representação
do governo do estado para fomento à agricultura do café, certamente tem uma
definição mais exata, mas que não consta em pesquisa na web.
Mais
adiante encontrávamos os escritórios da Indústria do Emilio B Gomes e Filhos,
do outro lado da rua uma bela residência que muitos a sua propriedade a família
Gomes?
Na
confluência com a XV de Julho, o Luz Hotel, mais adiante, o Centro Espírita
Jesus e Maria, tradicional local religioso, mais acima a famosa Mercearia do
Zico, e lá na esquina com a Coronel Grácia o Bar do Maluf, dos sorvetes, dos
aperitivos, da musica ao vivo para a diversão de quem visitava este
estabelecimento nos anos 70 e anteriores.
Segue
a Alfredo Bufren até o encontro com a Dr. Correia, ladeada de belas e antigas residências,
marcando o passado de Irati.
A Coronel Pires
Esta
é uma das mais longas vias de Irati, começa na PR 153 e termina na Vicente
Machado, ou seria o inverso já que somente há poucos anos, abriu-se de fato uma
saída para a PR 153, mas enfim, ela é uma via em que nos vemos em contato com o
verde ainda, no começo mais longe do contato físico, mas nos fundos do São
Vicente, podemos ter este contato totalmente.
É
um local preservado, com pássaros, córrego e uma vegetação nativa.
Mais
adiante a Matriz, bela e altiva, e que todos têm historias para contar e viver
sobre estas torres, quais mãos postas em direção aos céus...
As
barraquinhas, as músicas no alto falante, as prendas para o leilão (pede-se uma
prenda para o leilão) este slogan era tradicional e necessário, o churrasco em
espeto de madeira, as primeiras comunhão, os casamentos, as procissões de São Cristóvão quantas
passagens tem a bela e antiga Matriz, e mais abaixo o orfanato, que nos fazia
morrer de medo, devido as ameaças da mãe de colocar-nos lá s fizéssemos
traquinices, rsrsrs
A
Fabrica dos Gomes, e seu apito característico, aliás conhecíamos o apito de
cada Fábrica, horários e apitos de incêndio, e pelo menos 2 vezes eu ouvi este
alarme vindo da Fábrica dos Gomes...
Mais
adiante, resquícios da LIDA, e depois na esquina a figura sinistra da Delegacia
de Policia e segue a subida íngreme até a esquina no Laboratório Sékula, depois
o Duque na esquina, com sua imponente lembrança, na esquina a Saúde Pública,
depois a antiga Oficina São Cristóvão, se não me falha a memória dos Franczak,
a Igreja Luterana?, depois somente casas, algumas que marcam pela sua
antiguidade, até o encontro desta com a
Vicente
Machado.
Cada
rua conta sua própria história, narrada evidentemente com dados precisos por
quem nela morou, me proponho a citar algo que tenho conhecimento sobre elas,
para então estimular estas lembranças, para que possamos compartilhá-las agora,
e repassá-las com mais fidelidade no futuro.
Edilson Souza
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