quarta-feira, 25 de março de 2015

Rua Vicente Machado




A Vicente Machado começa dividindo a via com a Dr. Correia, mas é bem longa, e os pontos de referência, (detalhes), antigamente eram esparsos, então se alguém lembrar de algo pode citar nos comentários para enriquecer a minha narrativa.
Memorizei alguma coisa que me foi passado, porque data da década de 70 pra cá, minhas incursões por esta via, para ir ao Campo do Irati ou aos barreiros do Olaria Sta. Terezinha, nadar, ou tentar, rsrsr, mas o saudosista tem sempre algo a dizer, pois nunca é em vão a nossa passagem seja por qual for o lugar...
Era um lugar mágico e bonito esta confluência que deixo para trás quando começo a imaginar a Vicente Machado, e logo algo recente silencia minha memória e me perco por alguns instantes...
Mas é de tristezas também que se faz as memórias de um povo, e a Vicente Machado foi palco de algumas, e o garoto Juziel está sempre em nossas orações e nossa saudade, assim como todos aqueles que moravam por ali e já não estão mais entre nós, como a Dona Carula, que a Dona Júlia, minha mãe tinha grande apreço e amizade, e ambas vivem na eternidade...
Relembro a bicicletaria do Tuta, mais adiante e desfeito na década de 60 suponho, o Campo do Paião, que pelas minhas deduções era feito de serragem e maravalha, por isso o nome, já que na década de 70 existiam apenas resquícios de onde ele era.
Mais adiante na esquina, do lado direito, nos contavam que naquela casa grande existiam fantasmas, de antigos moradores, a mente infantil acreditava por serem afirmações de adultos, e entre aceitar estas afirmações e investigar a realidade, melhor não mexer com estas coisas né?
Mais a frente existia um açougue? Do outro lado da rua uma casa na esquina (a casa da foto), que alguém ja disse de quem seria, mas não memorizei, se alguém souber, eu agradeço.
Os mais antigos vão lembrar da Cristaleira Irati, isso? Indo pela Vicente, antes da ferrovia, do lado direito a uns 100, uma grande construção em madeira, uma grande indústria de Irati nos bons tempos antigos.
Mais abaixo e também um pouco ao lado da Avenida o Curtume, do outro lado o Estádio Coronel Emilio Gomes, que nos proporcionou épicos embates entre o azulão e outros times da região e ate de outras regiões do Paraná, grandes vitórias e tristes derrotas, tudo dentro da normalidade em se tratando de esporte. Lembrança boa dos craques do passado, Leite, Sarico, Duda, Osvaldão, Odilon, Tocho Stefaniak, Paraná, Tatá, Dino, Pardal, e outros, sem esquecer o melhor de todos, o técnico Geremias de Paula Neves, um mestre sem igual, o nosso Tele Santana.
Alguns bares existiam nesta rua que não registrei na minha memória, e que se alguém souber pediria para citar.
Mais adiante na esquina o Supermercado Glinski, que ali se instalou em uma época difícil, a "explosão demográfica" DER/Rio Bonito, se deu depois, mas enfim, este é um registro importante, o primeiro supermercado deste lado da cidade.
Dali se via o Olaria com suas fachadas altas, uma Chaminé Imponente, e ao lado e fundos o que seria no futuro, o hoje ofegante Parque aquático, mas adiante a entrada do bairro DER, do inesquecível GEDEQUIN, uma glória do nosso "Futebol de Salão".
E para completar esta viagem não poderia deixar de citar o "parque de diversão", que muitas dores de cabeça deu para os casais iratienses, solteiros desprevenidos e moçoilas despreparadas para a vida, se alguém quiser citar nomes de estabelecimentos e de pessoas pode citar por conta e risco, rsrsr
Enfim, não vivemos todo o passado, pois nosso tempo limita-se ao início e fim de nossa geração, e se alguns são acometidos da saudade do que não viveram é porque certamente reconhecem o passado como algo por demais importante na sua vida e na de seus entes, que vivem sobre o chão que escolheram para ser o seu chão, viver as suas vidas, e devotar o seu amor!

Edilson Souza

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