A
Traj
A Trajano
foi "minha segunda rua", depois que viemos do Alto da Glória, morar numa
casa que existia mais ou menos entre a Ótica Íris e o Petshop Encrenquinhas, e
que depois foi o Açougue do Gavlak... Nos anos 70!
Mas
vamos aportar nosso batel nas águas calmas daqueles anos, exatamente em frente a
sorveteria do Gobor, quantas vezes ultrapassamos aquela entrada e nos
deliciamos depois de aguardarmos em filas nervosas a nossa vez, rsrsrsr, foi
muito bom ter vivido aqueles anos em que esta fábrica de sorrisos esteve ali,
obrigado a família Gobor!
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algumas remadas e chegamos a Casa Trento, este nome forte de procedência italiana,
figurou na Trajano por muitos anos, funcionava no velho estilo dos armazéns, e
era normal o enfileirar de carroças em sua frente, todos os dias, mas especialmente
nos sábados de manhã quando os colonos vinham "buscar mantimentos" pra
semana, e ao mesmo tempo traziam suas mercadorias para vender na cidade.
O
detalhe é que atrás da Casa Trento, a uns 100 metros, existia toda
uma comunidade, de casas de madeira, rodeada de um enorme terreno baldio, que
ia até a rua Antonio Cândido Cavalin, era uma vila que tinha entrada pela Trajano
, em um corredor que descia até lá, depois com o tempo foi sendo desmanchada,
assim como a fábrica de chinelos do Pastzuk do outro lado da rua, e ao lado,
foi onde o Nelson Martins iniciou a exposição para venda de artefatos de
cimento de sua fábrica na Lagoa!
Na
esquina o Cavalin Bora, era onde é o depósito, uma construção baixa, inferior em
tamanho a Casa Trento, mas com sua fiel clientela, que também abarrotava suas entradas,
para as compras...
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além onde é hoje o supermercado do Cavalin, era o depósito de cereais do Menon,
e do outro lado uma Fábrica de Carrocerias, lembrem-me o nome amigos...
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acima já na outra esquina o posto de combustível da Shell, do Letchakoski, e
quase em frente a Tapeçaria Pauluk?
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abaixo tínhamos o ponto de táxi, e ao lado uma enorme construção que depois foi
o movimentado Super Stroparo, e quase em frente na esquina, a velha Farinheira
Stroparo, a vemos também por toda a vida, é bom vê-la sempre ali, como um
símbolo de todas as gerações da nossa terra!
De
onde ela está até o Armazém do Batista Stroparo, quase nada havia que pudéssemos
destacar senão as casas dos moradores que davam vida a este pedaço de Irati
onde os loteamentos começavam a aparecer na década de 70... Mas ainda sobre o
Armazém do Batista Stroparo, era o velho estilo, onde se vendia de tudo, desde arroz
e feijão, até panelas, botas, semente, doces em geral, cachaça engarrafada e em
doses, e o sempre presente fumo, que dava o "perfume" a estes
estabelecimentos, e este armazém tinha um a peculiaridade, ele era o ponto dos
colonos fazerem compras, e o lugar que as pessoas da redondeza corriam sempre
que faltava alguma coisa mais urgente
para suprir a despensa.
Debaixo
da poeira antiga, esvaia-se num ponto ainda distante, a confluência lagoa/Irati
velho, que se dava ali ao lado do "Batista", era um lugar quase a
esmo poucas casas, a Vila Batista atrás do armazém, e suas casas rústicas, e
quase nada mais...
O
tempo tratou de despertar estas cercanias para o moderno, característica do
progresso, mas podemos ainda ver e sentir aquelas lembranças em vários pontos,
talvez não na geografia que mostrava, por exemplo, aquela época, um tanque do Rebesco,
ou uma sorveteria Gobor, que não existem mais, mas nos olhos e no coração das
pessoas a quem nos juntamos para reviver as coisas de Irati, aportando nosso batel em qualquer cais que a
saudade chamar!
Edílson
Souza
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