Quanta
saudade... Nossos olhos sempre afirmaram o que a nossa memória guardava,
de todas as vezes em que pela XV passamos... A Rua XV de Julho não seria
perfeita sem a presença do Grande Hotel...E seu inseparável personagem, o
Ninho, imensa saudade de ti, onde quer que você esteja ...
Quantas
vezes passamos em frente ao Hotel Plaza nas horas das refeições e o cheirinho
bom de comida, nos atiçava a imaginação de como seria aquela mesa
maravilhosa
neste hotel luxuoso? Aliás o dono tinha um veiculo Rabo de Peixe azul
claro, de "parar o trânsito" o que fortalecia a nossa idéia de que
tudo lá reluzia
a valiosos metais...
Mas
a XV de Julho era também o Posto do Obrzut, com sua fachada inesquecível, a
Casa Choma, tão antiga quanto o nosso amor por Irati, a Casa da Cultura que
abrigou
fundadores de nossa cidade, e hoje abriga a história em imagens, escrita e
na memória de quem por ela passa e sempre tem algo a dizer sobre este patrimônio publico
de Irati.
Quem
não tem algo a dizer sobre o Clube do Comércio, seus bailes de debutantes...
Quantos
carnavais foram feitos sob a pergunta...O clube do Comercio vai cair?
Aliás
até hoje ninguém sabe se ele vai cair ou não, o fato que ele foi responsável por
momentos memoráveis na vida de muitos, quantas reuniões de amigos, namoros, festas,
peças de teatro, musicais? Belas lembranças...
A
SOPACO, durante anos dividiu a esquina com uma construção com portal
maravilhoso, que
me consta a memória ter sido um bar, me corrijam se erro ao dizer isso...
E
vejam que até a Farmácia Lá no Vico, mudou-se pra XV, pra enriquecer sua
história...
O
Luz hotel, o Grêmio, a LIDA - Liga iratiense de desportos amadores, que tinha uma
quadra de cimento meio escondidinha, e que ate a uns anos atrás ainda se via resquícios
sobre os terrenos, alí foram formados os primeiros atletas de irati sob
a mão de Jose Maria Orreda, que repousa na glória de Deus e no coração dos
iratienses
para sempre!
Ainda
na XV, quem testemunhou como eu, quando um FENEME ao tentar subir a rua, danificou
o freio e veio de ré, numa casa a esquerda da rua onde há uma
araucária, foi hilário porque não foi trágico, só o susto!
Quanta
saudade... Sentimos saudade do que aconteceu na Xv até em tempos que não vivíamos
estes sob os anos da graça... Éramos pequeninos ou nem tínhamos nascidos...
Mas
uma coisa todas a gerações de Irati viram... Naquela Alfaiataria...
O
Manequim
Na
rua XV de julho, à quem passava,
era
notória a presença dela,
um
mistério lá de cima emanava,
quando
se via a sombra na janela!
Deduzia-se,
apesar do medo,
o que
por certo deveria ser,
e
como um intocável segredo,
zombava
dos que puderam ver!
O
repetir na retina,
eterniza
a visão,
e
esta eterna visão repentina,
esticava
o olhar naquela direção!
Mas
o tempo que tudo subtrai,
tirou
esta magia dos olhos, enfim,
e
numa bela noite que por aí vai,
roubou-nos
a sombra do manequim!
Edilson
Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário